A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) informa que partir do novo marco regulatório do Setor Elétrico, instituído há mais de uma década, a concessão para a implantação de empreendimentos hidrelétricos é feita através de licitação pública na qual o vencedor é o empreendedor que ofereça a menor tarifa de energia (R$/MWh). Os empreendimentos hidrelétricos concorrem com outras fontes de geração, como as termelétricas (gás natural, Diesel, Óleo Combustível, Carvão e biomassa) e, mais recentemente, parques eólicos.
Constata-se atualmente, que o custo de implantação de hidrelétricas é bastante superior quando comparados os de termelétricas e parques eólicos. No caso das hidrelétricas, como a de Riacho Seco, adicionalmente apresentam custos ambientais bastante elevados por conta das indenizações de áreas produtivas afetadas pelo reservatório. Para a Usina Hidro Elétrica (UHE) de Riacho Seco, a Chesf em parceria com a Odebrecht e Desenvix concluíram os estudos de viabilidade técnica. Os estudos ambientais foram também concluídos e entregues ao IBAMA, que deverá realizar audiências públicas, indispensáveis para a emissão de Licença Prévia (LP), requisito para o Leilão de Concessão.
O custo global de construção previsto atualmente para a UHE Riacho Seco torna este empreendimento não competitivo quando comparado aos de parques eólicos, não podendo a Chesf prever quando a UHE Riacho Seco venha a ter sua concessão de exploração viabilizada em Leilão. Em relação à preocupação manifestada pelo leitor, quanto ao receio em aumentar a exploração agrícola em face da eventual construção da UHE Riacho Seco, a Chesf esclarece que, pelas regras do leilão, o empreendedor que venha a ser o vencedor terá que indenizar os proprietários das áreas afetadas e as benfeitorias existentes. (Tatiana Learth Junqueira - Ascom da Chesf/ coordenadora do Comitê de Gênero e Raça da Chesf Foto: Lúcia Xavier (Represa de Itaparica em Petrolândia-PE)
Nenhum comentário:
Postar um comentário