sexta-feira, 20 de junho de 2014

CODEVASF LEVA ÁGUA ÀS TORNEIRAS DE COMUNIDADES RURAIS NO SEMIÁRIDO BAIANO

O sistema integrado de abastecimento de água que beneficia 3.106 habitantes de oito comunidades rurais do Vale Verde, no município de Sítio do Mato, semiárido baiano, já está em funcionamento. Essa é mais uma ação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) que visa à garantia de acesso a água a famílias de áreas rurais do Médio São Francisco baiano, área de atuação da 2ª Superintendência Regional da Companhia, sediada em Bom Jesus da Lapa. Esta obra mudou muita coisa para nós. Antes, era o maior sofrimento. Não tinha nem água para beber. Quando bebia água salobra, as crianças tinham disenteria. Agora, dá para cozinhar, lavar roupa, cuidar da casa, fazer uma horta, molhar as plantas - coisas que antes eram muito difíceis de fazer”, diz Gilvânia Silva, moradora da comunidade Vila Mangal 1.

A obra foi realizada com recursos do programa Água para Todos, que é coordenado pelo Ministério da Integração Nacional (MI) e executado pela Codevasf em sua área de atuação. Representou um investimento de quase R$ 4 milhões e está assegurando água para as comunidades de assentamentos em Vila Turbilhão 1, 2, 3, 4 e 5, além de Vila Mangal 1 e 2 e Vila do Braz. Mudou a nossa vida, porque antigamente aqui a gente só tinha água salobra, de poço artesiano. E, quando dava problema, a gente ficava sem água; sem contar as doenças. Eu ficava inchada, com problema nos rins. Agora, graças a Deus, está bom demais”, diz Catarina Valentim, moradora da comunidade de Vila Mangal 1.

“Aqui a gente sofreu muito por causa de água. O carro pipa abastecia aqui, depois parou. Então, a gente tinha que pegar água na casa dos outros porque aqui não tinha nem cisterna. Agora a gente já tem água na torneira. Quando a gente quer tomar um banho, pode tomar”, diz Aline Alves, moradora da comunidade de Vila Mangal 1. A captação do sistema é feita através de estrutura em chapa de aço flutuante no rio São Francisco. O empreendimento conta com: sete reservatórios em PVC reforçados com fibra de vidro sobre base elevada de concreto armado (volume médio de 25 m³ cada); dois reservatórios apoiados, em concreto armado (volume 30 m³); estação de tratamento de água do tipo clássica, não pressurizada, vazão nominal de 28,8 m³/h (8,0 l/s); adução de água bruta de 260 metros; adução de água tratada de 65.643,69 metros; distribuição de 14.632 metros; ligações domiciliares para 615 unidades familiares.

O sistema está concluído e sendo operado pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Sítio do Mato. A prefeitura municipal já assinou o termo de cessão provisória por cinco anos. Outro benefício causado pela obra foi a chegada da energia elétrica no local, pois foram construídos aproximadamente 5 quilômetros de rede de alta tensão necessários para energização da Estação de Tratamento de Água (ETA). “O sistema leva água tratada de qualidade, inclusive para beber, para todas as comunidades do Vale Verde e do Mangal. A água que estamos distribuindo na zona rural tem a mesma qualidade da que distribuímos na sede. As pessoas vão deixar de consumir água salobra, de poços artesianos e que geram um monte de problemas, como cálculos renais. E agora, com a água tratada, várias doenças e vários incômodos pessoais deixarão de existir. Nossa região é muito seca, e agora de junho a outubro a seca é intensa; com a água nas torneiras, as pessoas vão se sentir melhor”, diz Juracy Almeida, diretor do SAAE de Sítio do Mato.

A Estação de Tratamento de Água do SAA Vale Verde fica próxima à margem esquerda do rio São Francisco, e a estação elevatória de água tratada abastece uma caixa de passagem, de onde a água segue por gravidade para os reservatórios elevados das vilas. Essa caixa e mais a passagem ficam a 90 metros de altura. “A gente tinha uma água muito barrenta, e agora ela sai da torneira alvinha. Dá para ver logo que é tratada. E facilitou bastante a nossa vida porque não dependemos mais de caminhão pipa, que às vezes não vinha. Hoje, não falta água nem de dia, nem de noite. Direto na torneira”, comemora José Araújo, morador da comunidade de Turbilhão 5, no Vale Verde.

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