domingo, 20 de abril de 2014

Estadão compara pré-campanhas de PV e PSOL à presidência

A partir de julho, quando a campanha começar oficialmente, o médico sanitarista Eduardo Jorge, de 64 anos, pré-candidato do PV à Presidência, estará em todos os debates eleitorais e contará com 1 minuto e 30 segundos diários para falar o que quiser na propaganda de TV. Mas enquanto isso não acontece, ele pode ser visto diariamente no fim da tarde entre os passageiros que aguardam sua vez de embarcar em um dos ônibus que passam em frente ao ponto instalado na altura do número 500 da Avenida Doutor Arnaldo, na zona oeste.

“Antes eu andava com o Bilhete Único sempre carregado, mas agora passei a ser enquadrado na categoria idoso e não pago mais a passagem.” Se o dia amanhece ensolarado, Eduardo Jorge monta em sua bicicleta de 12 marchas e faz pedalando o trajeto de meia hora que começa em sua casa na Rua Tangará, na Vila Mariana, na zona sul, e termina na Secretária de Estado da Saúde, onde cumpre expediente das 8h às 17h, entre segunda e quarta-feira. “Só tem uma subida puxada no caminho, que é a Rua França Pinto. O bom é que volto com o vento batendo no rosto.”Funcionário público concursado desde 1976, ele não pretende mudar de rotina até o início da campanha presidencial. Enquanto seus adversários já rodam o País desde o ano passado, em ritmo cada vez mais intenso, a pré-campanha de Eduardo Jorge começou apenas neste feriado de Páscoa, com uma viagem a Boa Vista, capital de Roraima. “O PV de lá tem uma militância boa na área dos índios. Teremos vários candidatos (da etnia) macuxis”, diz.

Pré-campanha do PSOL gasta R$ 60 mil
Ao contrário do adversário do PV, o futuro candidato do PSOL à Presidência da República, Randolfe Rodrigues, senador pelo Amapá, já roda o País neste período de pré-campanha. Segundo dirigentes partidários, foram gastos até agora R$ 60 mil, principalmente em passagens, hospedagens em hotéis modestos (no máximo três estrelas) e organização de eventos. 

Com o discurso da ética na política como uma de suas bandeiras, Randolfe garante, por exemplo, não ter usado nenhuma vez a cota de passagens aéreas a que tem direito no Senado para se deslocar em agendas partidárias. “Os jatos que eu e Luciana (Genro, candidata a vice) viajamos são os da TAM, Gol e Avianca”, brinca. Para evitar problemas, ele diz ter reunido funcionários do gabinete no Senado e a direção do PSOL, logo após ser aclamado pré-candidato em fevereiro, a fim de separar as agendas – e os recursos – de parlamentar e de presidenciável. “Fizemos uma separação rígida para não misturas as coisas”, assegura o parlamentar.

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