quarta-feira, 8 de maio de 2013

Juazeiro: Médicos, dentistas e enfermeiros dos postos de saúde participam de Formação em Hanseníase

A Secretaria da Saúde de Juazeiro continua realizando a Formação em Hanseníase para médicos, enfermeiros e dentistas das Unidades Básicas de Saúde (UBS). O evento está acontecendo no Centro de Saúde III, Angari, e este primeiro módulo - dos quatros que serão colocados em prática até o final do ano - segue até próxima semana.

A formação está sendo conduzida inicialmente com informações sobre diagnóstico e tratamento da hanseníase e está sendo ministrada de forma teórica e prática com explicações sobre as formas clínicas da doença, o exame dermatológico e o teste de sensibilidade para identificação do tratamento ideal da hanseníase. O objetivo é atualizar os profissionais quanto ao manejo clínico e epidemiológico da doença, qualificar os serviços oferecidos à comunidade e reduzir os casos da doença. A qualificação dos profissionais está sendo conduzida pelo coordenador municipal do Programa de Hanseníase de Juazeiro, Carlos Dornels e pela dermatologista da rede de saúde, Tânia Moreno.

Segundo o coordenador do Programa da Hanseníase, Carlos Dornels Freire, Juazeiro é referência em manejo epidemiológico da doença, mas estratégias devem ser fortalecidas para eliminação da hanseníase como problema de saúde pública. “Temos que sinalizar novas ações para resolver o problema no município, hoje considerado hiperendêmico. A hanseníase tem 100% de cura e 100% de medicação gratuita fornecida pela rede municipal de saúde. O diagnóstico precoce facilita o tratamento e a cura do paciente”, frisou.

A apoiadora da atenção básica, Amélia Carreiro considera o encontro importante para aquisição de conhecimentos. “Também facilita na descoberta de novos casos com a melhoria do desempenho da equipe de enfermagem”, contou.

Na opinião da enfermeira da UBS do Alagadiço, Lara Ramos, a formação é importante para incentivar o diagnóstico precoce. “Quando os casos são diagnosticados prematuramente evitam possíveis sequelas que interferem diretamente na qualidade de vida desses pacientes. Muitos ficam impossibilitados até mesmo de trabalhar”, afirmou.

O dentista também tem atuação relevante na identificação dos casos, é o que informa o profissional Otaviano Cajuí. “A hanseníase aumenta as infecções bucais e o olhar clínico do dentista facilita na identificação das alterações na gengiva. Nosso trabalho é realizado com a ajuda do médico e enfermeiro que complementam o trabalho com um diagnóstico mais apurado das manchas”, comentou.

A médica da UBS do bairro João XXIII, Allana Moreira Silva, acrescenta que novas informações sempre são importantes para um melhor desenvolvimento profissional. “Temos muitos casos de hanseníase e esta formação relembra dados que poderão agilizar o desempenho médico durante a consulta, evitando, inclusive, o acúmulo da doença”, disse.

Em 2012, o coeficiente de detecção de casos novos em Juazeiro foi de 74,93 por 100 mil habitantes. Acima de 40 casos por 100 habitantes identifica o município como hiperendêmico, esclarece o coordenador municipal do Programa de Hanseníase. Segundo dados do Programa, ano passado foram diagnosticados 151 casos novos da doença, sendo 16 deles em menores de 15 anos.

A meta para eliminação preconizada pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde é que a prevalência seja menor que 1 caso por 10 mil habitantes. Em 2012, o coeficiente de prevalência em Juazeiro foi de 7,4/10 mil.


Por Vânia Castro/SESAU

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